Recomeçar

26/01/2024

Mais um ano acaba de findar, e nessa época, é comum fazermos uma análise de tudo o que foi vivido no período. É também comum agradecermos por todas as coisas boas vividas e também fazermos uma reflexão sobre aquilo que não deu tão certo ou saiu como esperado.

Neste contexto, não há como o cristão não incluir no hall de reflexões algumas perguntas que o levem a avaliar aspectos importantíssimos da caminhada cristã e da fé. Dentre essas, estou certo de que a mais importante de todas é: "Como anda a minha relação com Deus?" Eu diria que esta pergunta é crucial pois aborda diretamente o objetivo de todo o plano de salvação traçado por Nosso Senhor, que é restabelecer, mediante o sacrifício que Jesus consumou na cruz, comunhão irrestrita entre Deus e o crente. Logo, ao respondê-la, podemos ter uma ideia do quão bem estamos usufruindo da dádiva de termos, ao nosso dispor, este livre acesso.

Um aspecto interessante desta pergunta é que, apesar de haver duas possíveis respostas para ela, não há como não concluirmos, após uma reflexão sobre o objeto da relação, que sempre há algo que pode ser feito para melhorá-la. Talvez, por exemplo, você não tenha colocado este relacionamento em primeiro plano, dando mais atenção aos aspectos da vida cotidiana e negligenciado os seus momentos de intimidade com Deus e oração; talvez, por exemplo, tenha havido momentos em que você não tenha depositado sobre Cristo sua fé frente aos desafios da vida, como fez Pedro ao andar sobre o mar para ir ao encontro dEle sobre as águas. Ainda é possível que, como um pecador zeloso e homem natural, você tenha tentado esconder seus pecados sob o tapete, ainda que inconscientemente, para fazer coexistir o melhor da Terra e dos Céus, quando deveria confessá-los a Deus e clamar por perdão e mudança de conduta.

Particularmente, ao fazer minha reflexão pessoal, a conclusão que eu chego é que todas as minhas falhas como cristão, apesar de multifacetadas, têm como origem o fato de que, nos momentos em que elas ocorreram, minha atenção ou interesse não estava em Cristo. O momento específico em que pequei foi o instante no qual Cristo deixou de ser o centro da minha atenção e foi destronado, no meu coração, por mim como senhor da minha própria vida. Nesses momentos, eu acabei priorizando a minha vontade, o meu raciocínio ou as minhas conclusões lógicas ao invés de dar lugar Àquele que digo ser o Senhor da minha vida. Concluo, portanto, que por incontáveis vezes errei, e me sinto envergonhado, perante Deus, por dizer que O amo se minhas ações e conduta dizem o contrário.

Como "resolução de ano novo", sei que preciso fortalecer minha relação com Deus, e peço a Ele que me fortaleça e opere em minha vida, dando-me mais vigor para ter mais intimidade com Ele, por meio da oração, e para ler sua irrepreensível revelação: a Bíblia. Sei que, como consequência direta, minha vida estará mais alinhada com o propósito que Deus tem para ela, pois estaremos mais unidos, e eu, mais parecido com Ele.

E vocês, meus filhos queridos, já incluíram o relacionamento com Cristo na agenda de prioridades do ano? Como pai que os amo, recomendo fortemente que iniciem ou aprofundem esta relação, pois só Ele tem o poder de realinhar os rumos de nossas vidas, transformando-as por completo e dando-lhes um novo sentido.